Lanço agora a "pedra fundamental" deste blog - Questionando o Especismo - que busca questionar o ESPECISMO de uma forma filosófica (científica), por meio do raciocínio crítico.
A inauguração oficial do blog está prevista para o dia 01/04/2011 (sexta-feira da próxima semana).
Conto com vocês para refletirmos juntos acerca desse assunto.
Abraços,
Bruno Pinheiro
8 comentários:
Aê, Bruno! Parabéns pelo blog e por divulgar informações preciosas com o nobre objetivo de proteger e preservar VIDAS! Boa sorte. Abraço!
Valeeeu, Rafael! Muito obrigado pelo incentivo, meu amigo!!!
Abs!
Bruno
Bruno, o Arauto da Consciência mudou de nome (mas não de link): agora é Consciencia.blog.br
Te peço que mude o nome no blogroll pra Consciencia.blog.br (é assim mesmo, o link virou o nome).
E sinto falta de suas postagens.
Abs
Oi, Robson!
Já atualizei o nome lá no blogroll. Ah, próxima semana farei uma nova postagem. Fiz um intervalo maior para dar tempo dos nossos amigos lerem os artigos que compartilhei na última postagem sobre raciocínio ético (http://lucianoccunha.blogspot.com/2010/08/raciocinio-etico-forma-parte-1.html).
Abs!!!
Olá Bruno, gostei muito do seu blog, pois eu sou uma fanática pelos animais e como diriam as pessoas comuns, uma "ecochata"..
Eu li o link que tu postaste, sobre o mestre da ética.. E não sei se concordo com isso. Talvez por achar que as injustiças feitas aos oprimidos pelos opressores são muito mais graves do que qualquer senso racional. Tu dirias, então, que se um animal fosse morto na tua frente, tu não brigaria ou bateria ou até mataria a pessoa que o fez porque não é certo, ou porque está se igualando a ela? Talvez isso seja certo, igualando a ela, mas igualando de uma forma injusta incorreta nos seus atos, como o caso dele ou de defesa a um ser vivo vítima e abusos, maus tratos e até morte de seres vivos que se julgam "racionais"?
Reflita e aguardarei a resposta.
Beijos!
Oi Gabriela,
Aqui quem fala é o Luciano, autor do texto a que você se refere. Muito obrigado pelo seu comentário.
Quando você fala que deveríamos agir em defesa dos seres oprimidos e que não devemos assistir passivos o assassinatos deles, você não está indo contra a razão. Pelo contrário, no seu comentário, você ofereceu algumas razões para justificar a sua posição: falou que as injustiças sofridas pelos oprimidos são coisas muito graves; que assistirmos sem intervir em legítima defesa é se igualar ao agressor (porque daí permitimos a barbárie acontecer); que às vezes é correto matar, em determinadas situações de legítima defesa; especificou que situações são essas (o caso de se presenciar uma tentativa de assassinato e termos poder de evitá-lo) etc.
Resumindo, você ofereceu várias razões que sustentam a sua posição. O que quero dizer é que foi exatamente isso que eu quis apontar no texto: que posições éticas tem de ser sempre respaldadas por razões que se baseiem em princípios abstratos, e que sejam melhores razões que as alternativas. Por abstratos eu não quis dizer desprovidos de sentimento, ou contendo frieza, mas sim, que sejam aplicáveis a qualquer caso semelhante, onde outros indivíduos estejam envolvidos (por exemplo, se alguém diz que é correto matar em legítima defesa de si ou de um terceiro, está comprometido a dizer que isso se aplica quaisquer que sejam as vítimas e quaisquer que sejam os agressores) - em resumo, temos de ser imparciais. Isso é conhecido também como o teste da universalizabilidade. O que quis dizer no texto é que, para algo ser certo ou errado, independe do sentimento que nós temos sobre esse algo. Alguém pode achar o assassinato correto, mas isso não torna o assassinato correto por si só. Vai depender das razões que alguém oferece.
É nesse sentido que estamos a afirmar quando dizemos que o conteúdo da ética independe de estados subjetivos (sentimentos) de quem decide.
Continuação...(parte 2)
Você ofereceu razões válidas, de um ponto de vista imparcial, para sustentar sua posição. Os que sustentam uma posição contrária (os que alegam, por exemplo, que jamais devemos usar de violência, até mesmo em legítima defesa) também vão oferecer algumas razões. Mas, isso não significa que, então as duas posições estão corretas. As razões podem ser avaliadas em termos de plausibilidade. Você poderia responder, por exemplo, a quem sustente um princípio de "não-violência absoluta", de que ele não está matando, mas está deixando morrer (está matando por omissão), e tem lugar, devido à sua omissão, uma violência muito maior do que se ele usasse um pouco de violência (a mínima necessária) para evitar o assassinato.
Então, veja, eu concordo com você, e também acho que temos boas razões para supor que existem inúmeras ocasiões onde o princípio da legítima defesa se aplica, mesmo que para isso seja necessário usar de violência (desde que seja a mínima necessária e não haja outra forma menos violenta de impedir a brutalidade).
Em resumo, não há nada na razão em si que conduza à conclusão de que temos de ser passivos diante da brutalidade - ou que todos os princípios morais sejam absolutos. Talvez você tenha concluído isso porque existem muitas pessoas que defendem que certas regras são absolutas ("jamais mentir", "jamais matar", "jamais roubar", etc). Mas, nem todos os filósofos da ética acham isso. Muitos são consequencialistas, e defendem que temos que nos preocupar, acima de tudo, com as consequencias de nossa decisão (como você fez no seu comentário, mostrando que, se for para salvar a vida de um inocente, matar o atacante é justificável). Como você bem apontou, nas situações complexas, do dia-a-dia, princípios podem conflitar ("não matar" x "não deixar uma vítima morrer") ou seguir regras absolutas podem levar a consequencias desastrosas. Como você bem apontou, seguir essas regras simples, nesses casos, não ajuda. Temos de raciocinar com base em outros princípios, e sempre de olho nas conseqüências. O que você entendeu pelo termo "razão" não é o que eu me referia no texto. Seguir a razão não é ausência de emoções. É você ter como defender sua decisão em bases que possam ser imparcialmente aplicáveis, universalizáveis, etc. Isso não exclui os sentimentos, mas elucida se os sentimentos de alguém são defensáveis ou se são apenas produto de preconceito.
Espero ter esclarecido esse ponto. Mais uma vez, obrigado pelo comentário!
Um abraço!
Luciano Carlos Cunha
Oi, Gabriela! Seja bem-vinda!!!
Fico feliz em saber que você gostou muito da proposta deste blog, pois, infelizmente, muitas pessoas ainda ridicularizam essa luta pelos direitos animais (como citei aqui no blog, eu compreendo isso, pois sei que, historicamente, é constatado que todos os grandes movimentos passam por três momentos: ridicularização, debate e adoção - ou rejeição, se não houver razões válidas).
Em relação aos seus questionamentos sobre raciocínio ético, o próprio Luciano (autor do texto ao qual você se referiu) já se antecipou e esclareceu alguns pontos acima. Devo confessar que concordo com ele (e, pelo que entendi do seu comentário, concordo com você também!) que "temos boas razões para supor que existem inúmeras ocasiões onde o princípio da legítima defesa se aplica, mesmo que para isso seja necessário usar de violência (desde que seja a mínima necessária e não haja outra forma menos violenta de impedir a brutalidade)", pois "quem sustenta um princípio de ´não-violência absoluta`, (...) não está matando, mas está deixando morrer (está matando por omissão), e tem lugar, devido à sua omissão, uma violência muito maior do que se ele usasse um pouco de violência (a mínima necessária) para evitar o assassinato."
Enfim, Gabriela, se você ainda tiver quaisquer questionamentos sobre esse artigo intitulado "Raciocínio ético", fique à vontade para expô-los por aqui. Pouquíssimas pessoas acessaram o link e leram as 7 (sete) partes desse artigo, por isso conversei com o Luciano e chegamos à conclusão de que é melhor postá-lo aqui na íntegra. Farei isso a partir da próxima postagem (prevista para 12/05/11) e espero você por aqui para explorarmos parte por parte desse artigo!
Beijos!
Bruno
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